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Operação Cerberus
Suspeitos de fraude são presos em Mirante da Serra

Data da notícia: 2015-06-03 09:38:09
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Com o objetivo de desarticular um forte esquema de fraude contra os cofres públicos, foi desencadeada na manhã desta terça-feira (02), a ?Operação Cerberus? da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e que resultou na prisão de dez suspeitos em roubarem a prefeitura de Mirante da Serra-RO. Entre os presos está um ex- prefeito do município, que encontra-se na sede da PF, em Ji-Paraná, a disposição da justiça durante as investigações.

Investigações mostram que entre 2011 e 2015, o montante desviado em um suposto esquema de direcionamento de licitações e lavagem de dinheiro, era próximos dos R$ 18 milhões. Nesta terça, foram cumpridos 10 mandados de prisões, 13 mandados de conduções coercitivas, 14 empresas foram lacradas e também foram realizados sequestros de bens com indícios de origem ilícita em 18 estabelecimentos. A ação foi realizada em Mirante da Serra, Nova União, Ouro Preto do Oeste, Rolim de Moura, Cacoal, Ji-Paraná, além de Curitiba-PR. Durante a operação, a prefeitura de Mirante da Serra foi fechada.

De acordo com a PF e a CGU, os desvios atingiram diversos projetos, inclusive programas federais, entre eles, o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Servidores da prefeitura são suspeitos de envolvimento. Os nomes dos envolvidos e detidos não foram divulgados.

As investigações tiveram início em 2012, após uma inspeção da Controladoria Geral em que foram identificados um descontrole nas contas do município e transferências indevidas de programas federais. Segundo ainda o chefe da CGU em Rondônia, Ricardo Plácido Ribeiro, investigações mostraram que os servidores que trabalhavam no gerenciamento das referidas contas, tinham um patrimônio incompatível com sua renda.

Ainda segundo Ricardo Plácido, entre as empresas que faziam parte do esquema, parte delas sequer possuíam contratos com a prefeitura. Outros casos, tinham o contrata oficial, mas os serviços prestados eram de qualidade muito inferior à prevista nos acordos.

Para o delegado da PF, Raphael Baggio de Luca, a gritante diferença de valores do orçamento do município em relação aos contratos pagos as empresas foi o que motivou as investigações.
Segundo Baggio, o suposto esquema era bem articulado, onde os envolvidos aplicavam os valores desviados em propriedades, empresas e veículos, tudo em nomes dos próprios envolvidos e familiares. Entre os bens dos investigados então cerca de 20 veículos, sendo motos e carros, alguns de luxo.
Em números fornecidos pela Polícia Federal, num total dos R$ 18 milhões que os suspeitos teriam desviado neste perídio de 2011 para cá, R$ 11 milhões foram repassados apenas para duas empresas.

Cerberus
O nome da operação, Cerberus, faz alusão ao cão de três cabeças da mitologia grega e que na Divina Comédia é traduzido como retrato do apetite insaciável, remetendo-se assim ao núcleo principal que seria formado por três pessoas.

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